Introdução
O
componente mais importante de qualquer PC não é o processador e nem
mesmo o HD, mas sim a placa-mãe, que é a responsável pelos barramentos e
toda a comunicação entre os componentes. Se um PC fosse um organismo
vivo, o processador, memória e HD formariam as diferentes áreas do
cérebro, enquanto a placa-mãe seria todo o resto do corpo, incluindo os
órgãos vitais.
Devido
à enorme quantidade de chips, trilhas, capacitores e encaixes, a
placa-mãe também é o componente que, de uma forma geral, mais dá
defeitos. É comum que um slot PCI pare de funcionar (embora os outros
continuem normais), que instalar um módulo de memória no segundo soquete
faça o micro passar a travar (embora o mesmo módulo funcione
perfeitamente no primeiro) e assim por diante.
A
maior parte dos problemas de instabilidade e travamentos são causados
por problemas diversos na placa-mãe, por isso ela é o componente que
deve ser escolhido com mais cuidado. Em geral, vale mais a pena investir
numa boa placa-mãe e economizar nos demais componentes, do que o
contrário.
A
qualidade da placa-mãe é de longe mais importante do que o desempenho
do processador. Você talvez nem perceba uma diferença de 20% no clock do
processador em atividades do dia a dia, mas com certeza vai perceber se
o seu micro começar a travar ou se a placa de vídeo onboard não tiver
um bom suporte no Linux, por exemplo. Ao montar um PC de baixo custo,
economize primeiro no processador, depois na placa de vídeo, som e
outros periféricos. Deixe a placa-mãe por último no corte de despesas.
Antigamente
existia a polêmica entre as placas com ou sem componentes onboard, mas
hoje em dia isso não existe mais, pois todas as placas vêm com som e
rede onboard. Apenas alguns modelos não trazem vídeo onboard, atendendo
ao público que vai usar uma placa 3D dedicada e prefere uma placa-mãe
mais barata, ou com mais slots de expansão, do que com o chipset de
vídeo onboard que de qualquer forma não vai usar.
Essa
mesma tendência tem se demonstrado também nos chipsets. Dentro da linha
da Intel, por exemplo, os chipsets das linhas "X" (como o X48 e o X58) e
"P" (como o P45 Express e o P55 Express) que são os modelos destinados a
estações de trabalho e PCs de alto desempenho, não possuem vídeo
onboard, que é incluído apenas nos chipsets da linha "G" (como o G35 e o
G45) que são destinados a PCs de baixo custo.
A
principal característica em qualquer placa-mãe é o soquete usado, que
determina com quais processadores ela é compatível. Você não pode
instalar um Athlon 64 soquete 754 em uma placa AM2+ ou AM3 atual, nem
muito menos encaixar um Phenom II em uma placa LGA-775 para
processadores Intel.
Entretanto,
o soquete é apenas a ponta do iceberg, consequência de outras
diferenças estruturais, tais como o chipset e outros componentes usados.
Uma nova geração de processadores exige quase sempre uma nova geração
de placas, com novos chipsets, novos layouts de trilhas e novos
soquetes.
Em
seguida temos o conjunto de conectores oferecidos pela placa, que
determinam as possibilidades de expansão e fornecem uma ideia geral
sobre o segmento à que a placa se destina. Placas mais caras oferecem
quase sempre um conjunto mais completo de interfaces, com dois ou três
slots PCI Express x16 (para o uso do CrossFire ou SLI), com mais portas
SATA e USB, enquanto placas de baixo custo oferecem um único slot x16 e
um número menor de interfaces.
Placas
antigas não possuem slots PCI Express nem portas SATA, oferecendo no
lugar um slot AGP para a conexão da placa de vídeo e duas ou quatro
portas IDE para a instalação dos HDs e drives ópticos. Temos ainda
soquetes para a instalação dos módulos de memória, o soquete do
processador, o conector para a fonte de alimentação e o painel traseiro,
que agrupa os encaixes dos periféricos onboard, incluindo o conector
VGA ou DVI do vídeo, conectores de som, conector da rede e as portas
USB:
Placa LGA775
O número de slots de memória,
multiplicado pela capacidade máxima por módulo suportada pelo chipset,
determina o máximo de memória suportada pela placa. Uma placa com apenas
dois slots, cujo chipset suporta módulos de até 4 GB, por exemplo,
suporta um máximo de 8 GB. Placas antigas (sobretudo as com chipsets
Intel) tendem a suportar pouca memória, o que limita bastante as
possibilidades de uso. Um bom exemplo eram as placas para Pentium III
baseadas no chipset i815, que suportavam apenas 512 MB.
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