quinta-feira, 23 de maio de 2013

Nootboo4 Parte 4

Introdução

O componente mais importante de qualquer PC não é o processador e nem mesmo o HD, mas sim a placa-mãe, que é a responsável pelos barramentos e toda a comunicação entre os componentes. Se um PC fosse um organismo vivo, o processador, memória e HD formariam as diferentes áreas do cérebro, enquanto a placa-mãe seria todo o resto do corpo, incluindo os órgãos vitais.
Devido à enorme quantidade de chips, trilhas, capacitores e encaixes, a placa-mãe também é o componente que, de uma forma geral, mais dá defeitos. É comum que um slot PCI pare de funcionar (embora os outros continuem normais), que instalar um módulo de memória no segundo soquete faça o micro passar a travar (embora o mesmo módulo funcione perfeitamente no primeiro) e assim por diante.
A maior parte dos problemas de instabilidade e travamentos são causados por problemas diversos na placa-mãe, por isso ela é o componente que deve ser escolhido com mais cuidado. Em geral, vale mais a pena investir numa boa placa-mãe e economizar nos demais componentes, do que o contrário.
A qualidade da placa-mãe é de longe mais importante do que o desempenho do processador. Você talvez nem perceba uma diferença de 20% no clock do processador em atividades do dia a dia, mas com certeza vai perceber se o seu micro começar a travar ou se a placa de vídeo onboard não tiver um bom suporte no Linux, por exemplo. Ao montar um PC de baixo custo, economize primeiro no processador, depois na placa de vídeo, som e outros periféricos. Deixe a placa-mãe por último no corte de despesas.
Antigamente existia a polêmica entre as placas com ou sem componentes onboard, mas hoje em dia isso não existe mais, pois todas as placas vêm com som e rede onboard. Apenas alguns modelos não trazem vídeo onboard, atendendo ao público que vai usar uma placa 3D dedicada e prefere uma placa-mãe mais barata, ou com mais slots de expansão, do que com o chipset de vídeo onboard que de qualquer forma não vai usar.
Essa mesma tendência tem se demonstrado também nos chipsets. Dentro da linha da Intel, por exemplo, os chipsets das linhas "X" (como o X48 e o X58) e "P" (como o P45 Express e o P55 Express) que são os modelos destinados a estações de trabalho e PCs de alto desempenho, não possuem vídeo onboard, que é incluído apenas nos chipsets da linha "G" (como o G35 e o G45) que são destinados a PCs de baixo custo.
A principal característica em qualquer placa-mãe é o soquete usado, que determina com quais processadores ela é compatível. Você não pode instalar um Athlon 64 soquete 754 em uma placa AM2+ ou AM3 atual, nem muito menos encaixar um Phenom II em uma placa LGA-775 para processadores Intel.
Entretanto, o soquete é apenas a ponta do iceberg, consequência de outras diferenças estruturais, tais como o chipset e outros componentes usados. Uma nova geração de processadores exige quase sempre uma nova geração de placas, com novos chipsets, novos layouts de trilhas e novos soquetes.
Em seguida temos o conjunto de conectores oferecidos pela placa, que determinam as possibilidades de expansão e fornecem uma ideia geral sobre o segmento à que a placa se destina. Placas mais caras oferecem quase sempre um conjunto mais completo de interfaces, com dois ou três slots PCI Express x16 (para o uso do CrossFire ou SLI), com mais portas SATA e USB, enquanto placas de baixo custo oferecem um único slot x16 e um número menor de interfaces.
Placas antigas não possuem slots PCI Express nem portas SATA, oferecendo no lugar um slot AGP para a conexão da placa de vídeo e duas ou quatro portas IDE para a instalação dos HDs e drives ópticos. Temos ainda soquetes para a instalação dos módulos de memória, o soquete do processador, o conector para a fonte de alimentação e o painel traseiro, que agrupa os encaixes dos periféricos onboard, incluindo o conector VGA ou DVI do vídeo, conectores de som, conector da rede e as portas USB:
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Placa LGA775
O número de slots de memória, multiplicado pela capacidade máxima por módulo suportada pelo chipset, determina o máximo de memória suportada pela placa. Uma placa com apenas dois slots, cujo chipset suporta módulos de até 4 GB, por exemplo, suporta um máximo de 8 GB. Placas antigas (sobretudo as com chipsets Intel) tendem a suportar pouca memória, o que limita bastante as possibilidades de uso. Um bom exemplo eram as placas para Pentium III baseadas no chipset i815, que suportavam apenas 512 MB.

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